Veja algumas orientações e evite choques, curtos-circuitos e problemas mais graves
1- Vai fazer um reparo?
Desligue a chave! Para a execução de qualquer conserto elétrico, como trocar uma tomada ou o chuveiro, bloqueie a fonte de energia, desligando o disjuntor no quadro de distribuição da casa. “Se você não souber qual é o disjuntor que interrompe o fornecimento de energia daquele circuito especificamente, desligue o geral”. E a orientação vale até mesmo para trocar uma lâmpada. “Se as instalações não estiverem adequadas, pode haver risco”.
2- Benjamim tem limite
Não é que seja proibido usar os conectores, mas entenda que cada tomada aceita uma carga máxima e é preciso respeitá-la – caso contrário é possível sobrecarregar a rede, provocar um curto-circuito, superaquecimento ou danificar os eletrodomésticos. Por isso, só plugue mais de um equipamento em benjamins quando estiver certo de que eles possuem baixa potência e juntos não provocarão sobrecarga.
Para ter uma ideia, um televisor tem cerca de 250 W; um aparelho de TV a cabo, 150 W; um videogame, 400 W. E uma tomada residencial comum suporta pelo menos 1200 W. Já equipamentos muito potentes, como micro-ondas e máquinas de lavar roupa, devem ganhar uma tomada exclusiva. Os novos aparelhos dessas categorias têm até um plugue mais grosso, que impede que um de maior amperagem seja conectado a uma tomada com fiação de baixa corrente. “Em hipótese alguma utilize adaptadores de plugue grosso para plugue fino”.
3- Atenção aos fios desencapados
Caso estejam soltos, eles podem causar choques e curtos-circuitos. Nas instalações elétricas residenciais, os fios condutores se distinguem por cores e devem estar sempre resguardados – basta encapá-los com fita isolante. Esse material forma uma capa protetora, impedindo que os cabos se encostem, além de não propagar chamas. “A fita não tem tempo de vida útil, mas a exposição ou uso prolongado pode prejudicá-la. Se começar a se soltar, troque-a imediatamente”.
4- Compre produtos certificados
Os componentes (fiação, disjuntores, tomadas etc.) precisam ter certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Usar produtos sem esse atestado é correr risco de choques e curtos-circuitos, além de problemas com o consumo. “Um exemplo são os cabos elétricos que têm baixa pureza do cobre, o que causa maior perda elétrica e, consequentemente, aumento na conta de luz”.
5- Cuidado com o chuveiro
Na hora de instalar um novo chuveiro, é importante que um profissional avalie qual é a melhor opção de cabo de acordo com a potência do equipamento. “Nunca substitua um antigo por outro de maior potência sem antes avaliar se sua instalação está adequada”. E em hipótese alguma utilize chuveiro sem aterramento adequado. “A resistência elétrica é basicamente um fio energizado em contato com a água. Se algo der errado, pode ocorrer a circulação de corrente através da água para o corpo da pessoa, em direção ao piso. Portanto, o aterramento adequado elimina o risco de choque”.
E se você costuma mudar a temperatura da água durante o banho, verifique o modelo de seu equipamento. “Se for um elétrico tradicional, ele funciona com o acionamento dos contatos pela pressão da água, e a mudança de temperatura com ele ligado gera um arco elétrico, ou faísca, que pode ser transmitido para a água”. Já os chuveiros eletrônicos, com hastes reguláveis, têm o sistema preparado para a mudança de temperatura de forma segura.
6- Afaste os equipamentos da água
Aparelhos energizados, como secador de cabelo, devem ser usados com cuidado no banheiro, pois podem se tornar condutores da corrente elétrica. “Caso haja contato direto com a água, desligue imediatamente da tomada e não tente recuperá-lo. Leve a uma assistência técnica sem experimentar ligá-lo novamente”.
7- Nunca apague fogo de curto-circuito com água
Se o incêndio acontecer em circuitos energizados, não jogue água, pois ela é condutora de eletricidade e você pode tomar um choque. “Desligue a chave geral imediatamente e chame os bombeiros”. Se for combater o fogo com um extintor, use apenas o de classe C (a indicação está no rótulo), específico para incêndio de equipamentos elétricos energizados.
8- Deixe o fio longe do calor
Superfícies quentes, como fornos ou lareiras, podem ocasionar a degradação da capa isolante dos fios. “Isso pode causar a exposição dos condutores energizados e prováveis acidentes”. Por isso, desvie a fiação, evitando o contato com locais aquecidos.
9- Cuidado redobrado do lado de fora
Fazer instalações no telhado ou na fachada, mesmo que sejam simples intervenções na antena de TV, pode representar sério perigo por causa dos condutores que servem a casa. “As redes de energia chegam a 13 800 V, o que pode gerar um arco elétrico só de se chegar perto, portanto é muito importante manter distância delas em qualquer circunstância”.
10- Atenção aos sinais
Se os disjuntores desarmam com frequência – o que nada mais é do que a proteção do circuito atuando para que não haja aquecimento dos cabos – e se há oscilações na iluminação, fique alerta: pode ser sinal de sobrecarga nas instalações elétricas. “Nesse caso, o ideal é que um profissional faça uma avaliação da distribuição da carga por fases ou até mesmo o redimensionamento de todo o sistema”. É também recomendável instalar um disjuntor diferencial residual (DR) em residências, dispositivo que desliga um circuito sempre que é detectada uma corrente de fuga. “Ele elimina completamente o risco de choque elétrico”.
E atenção: faça uma revisão completa em casa a cada cinco anos – contrate um profissional qualificado na área elétrica e garanta a segurança em seu lar.
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